Cá estou eu, começando a escrever esse post ao som do show Caetano Veloso e Gilberto Gil transmitido pelo Canal Multishow. Grandes inspirações para o assunto de hoje: música.


Não importa o que esteja sentindo no momento, eu quero acrescentar, diminuir ou redimensionar esse sentimento através da música. Então tem aquelas que escuto só quando estou alegre (quase todas), aquelas pra quando eu estou triste, as de quando eu quero chorar (maldita TPM). As que geralmente não ouço quando estou sozinha mas gosto quando estou com os amigos. E também aquelas pra quando eu quero cantar beeeeem alto pra poder me imaginar nos shows de grandes públicos (essas meus vizinhos também adoram, tenho certeza)! E não precisa ter idioma: vai em português, espanhol, inglês, francês e até em árabe (geralmente as mais fáceis de pronunciar).
Certamente não iria no show de muitos artistas dos quais eu escuto algumas faixas, mas adoro ser eclética na questão musical. Me ajuda a definir minhas emoções, me adaptar em qualquer lugar que eu vá e fazer duplas ou grupos musicais com os amigos.
E uma coisa que me irrita muito é que muitas vezes vejo na internet brigas de fãs de um ritmo contra o outro, ou fãs de cantores contra os outros.  A música, que tantas vezes já mudou o mundo através de manifestos, desculpas para trocas de discursos de ódios e discussões idiotas.



É como se te obrigassem a comer uma comida que você não gosta, e fazendo de tudo para estragar aquela que você adora. Por que não posso gostar das músicas de rock e também gostar das de funk? Por que não posso ser fã de Ivete Sangalo e também idolatrar a Cláudia Leitte? Ou então amar Taylor Swift e ao mesmo tempo a Katy Perry? Tudo é cultura. Se te faz feliz escutar uma coisa e outra, por que não? Ou se curtir apenas um deles, seria legal respeitar o direito do outro fazer o mesmo.
Então não acho justo julgar uma pessoa por seu gosto musical. As canções agem de diferentes formas em cada um, e demonstram um pouco de cultura e vida da gente. Então o que é que tem se tocar aquela que "não tem letra" mas tem uma batida tão boa que você não consegue ficar parado? Ou aquela que é de um ritmo que normalmente você detesta, mas tem uma letra tão bonita que é impossível não gostar?
A música é isso. É a sua história, é o seu momento, a sua emoção. Apenas se permita sentir o que te faz bem.




 Person Of Interest 


"Você está sendo observado"


Sinopse:

"Harold Finch (Michael Emerson), um bilionário misterioso, desenvolveu para o governo americano um programa de computador que prevê e avisa ao governo sobre atos de terrorismo que terão lugar num futuro próximo. Mas além disso, o programa também prevê crimes violentos envolvendo pessoas normais, pessoas e crimes que o governo considera irrelevantes. mas Harold Finch (Michael Emerson) não considera estas pessoas irrelevantes e criou um backdoor no programa que o informa do Social Security Number (na tradução brasileira, informa o CPF) da pessoa envolvida nestes crimes tidos como irrelevantes pelo Governo. No entanto, o programa tem suas limitações, por exemplo, ele não transmite se a pessoa será vítima, agressor ou testemunha, nem quando ou onde o crime vai acontecer. Incapaz de parar os crimes por conta própria, Finch contrata John Reese (Jim Caviezel), um ex-boina verde e agente de campo da CIA que foi dado como morto, para ajudar a impedir os crimes em Nova Iorque."


Hoje estou aqui para dar uma dica de série, e não é uma série. É A MELHOR SÉRIE DOS ÚLTIMOS TEMPOS. Estou sendo totalmente imparcial  Sério, sou apaixonada por Dexter (sdds) e apesar de pra mim ter sido perfeita, reconheço todos erros que teve durante os 8 anos. Mas Person Of Interest é impecável. 
Comecei a acompanhá-la logo na 1ª Temporada e desde então tem sido meu vício, assim como foi Dexter.
                                          
POR QUE EU ME APAIXONEI

Primeiramente pela qualidade de roteiro em cada episódio. Parece que eu estou vendo um filme e que eu nunca quero que chegue ao fim. O tema central da série é a vigilância virtual. Tem assunto mais atual que esse? Então, acho que esse é um grande trunfo de Person: o princípio do seriado é a nossa realidade, é o que estamos vivendo.
Como diz na sinopse, o milionário tenta prever crimes e reporta suas suspeitas ao ex-militar, para que possa intervir antes que aconteçam. Essa "previsão" é uma combinação de suspeitas de uma Máquina de espionagem, que possui todas as informações possíveis de um cidadão. Parece louco, mas acontece. Ou você acha que o que posta nas redes sociais só serve de informações pros seus amigos?!

Claro que isso tudo secretamente, porque eles não querem que as pessoas descubram que são observadas 24 horas por dia. Se lembra do escândalo do vazamento da espionagem que os Estados Unidos praticavam, inclusive sobre o Brasil em 2013? Pois é.
E a série não tem medo de mostrar insinuações de corrupção ou nos governos, dos EUA ou qualquer lugar de fora. Em um episódio até tratou como o plot principal algumas suspeitas de fraude aqui do Brasil!



POI mistura ação, investigação e um pouco de humor, tudo na medida certa para agradar ao telespectador. Todos os plots, todas as cenas e personagens tem um propósito, mesmo que mais para frente dos episódios. Isso faz com que possamos ficar mais atentos aos detalhes apresentados. Parece que o criador Jonathan Nolan (roteirista de dois dos filmes da franquia Batman) e produtor por J. J. Abrams (criador de Lost) sabiam exatamente cada caminho que a história devia passar. Por exemplo, quando pensamos que já solucionamos algum "mistério" na 1ª Temporada, vem algum episódio na 3ª mostrando que só descobrimos a primeira parte. É uma sensação maravilhosa, acredite.

O elenco principal

O elenco também ajuda bastante na qualidade, tendo como principais os ótimos James Caviezel (John Reese), Michael Emerson (Harold Finch) e a Taraji P. Henson (Detetive Joss Carter). Junto a eles tem o Detetive Lionel Fusco, interpretado pelo ator Kevin Chapman, que a partir da Segunda Temporada se torna também principal. Essa temporada também marcou a permanência de duas personagens no elenco regular: a Root (Amy Acker) e Shaw (Sarah Shahi), duas queridinhas dos fãs de Person (eu me incluo aqui) e infelizmente não posso falar o porquê para não dar spoilers! Além deles, podemos ver participações de vários grandes atores e alguns que são tão bem aceitos nos episódios que fizeram parte que voltam mais vezes ao decorrer da história. E como se já não pudesse ficar mais perfeita, Person tem um mascote que é uma fofura e o mimo da turma, dentro e fora das telas. É o lindo e inteligente cão Bear, que sempre rendes cenas hilárias <3

O cão Bear.

Aqui no Brasil, a série já foi exibida no SBT como "Pessoa de Interesse" e está atualmente no canal fechado Warner Channel como "Sob Suspeita".

Person Of Interest está agora em hiatus e deve estreiar a 5ª Temporada no começo de 2016. Como foi divulgado que só terão apenas 13 episódios, especula-se que essa será a última. O sentimento dos fãs é: se for pra acabar, que acabe no auge. A história chegou em um ponto que o arco pode ser muito bem fechado nessa 5ª Temporada e com a qualidade que sempre teve. Mas claro que se POI se mantiver 'lá em cima', não vamos reclamar se for renovada novamente!




"Under the Dome segue a história dos moradores da pequena cidade de Chester’s Mill. Presos sob um misterioso domo que surgiu no céu, os moradores se unem para manter a ordem e lutar contra a barreira que os isola do resto do mundo."

Lembro que quando eu li essa sinopse e soube que era inspirada em um dos livros do mestre Stephen King me interessei bastante em começar a acompanhar. E já no Piloto vi alguns atores conhecidos por mim, o que já foi um ponto a favor. O ótimo ator Dean Norris, recentemente mais conhecido por ter feito o "Hank" de Breaking Bad estava no elenco principal, junto com a atriz do cabelo ruivo mais divo das Américas Rachelle Lefèvre (famosa por ter interpretado a Victoria, da saga Crepúsculo) e o Mike Vogel, rosto conhecido de muitos filmes mas nenhum deles de real destaque.
Esses três atores basicamente sustentaram a Primeira Temporada de UTD, que alternou em bons e fracos episódios, com os seus personagens misteriosos: Big Jim (Dean), Julia (Rachelle) e o Dale "Barbie" (Mike). Muitas vezes eles foram o equilíbrio pra que cada episódio fosse aceitavelmente bom.

Por ser de suspense, surgiam muitas mais perguntas do que respostas e o mistério do motivo de cair uma redoma numa cidadezinha sem-graça dos Estados Unidos aumentava a cada capítulo. Mas muitos furos de história e outros erros tornavam esse suspense muito chato de suportar.  No meio da Season, eu parei de acompanhar porque não aceitava que uma premissa tão boa fosse desperdiçada daquela maneira. Porém três semanas depois olha eu lá, tentando alcançar tudo de novo! Meio que senti falta de ver os furos absurdos e resmungar sobre eles... 
Por causa da grande audiência nos EUA (sim, o povo de lá é estranho) a série, que foi planejada pra ser apenas uma minissérie, foi renovada pra Segunda Temporada. Mesmo chateada com erros primários de continuidade, roteiro, más atuações de atores secundários e clichês irritantes, decidi dar mais uma chance e aguardei a próxima esperando ansiosamente por uma melhora.

Chega o Primeiro Episódio da Season 2 e meu pensamento foi "Nossa, ainda bem que eu não abandonei!". Porém ao decorrer da temporada, foi tudo piorando de novo e nada foi respondido, só mais e mais perguntas se acumulando. E como eu fiquei? Pensando mais uma vez em largar de vez o seriado; mas a busca por respostas ainda me prendia. Até que os últimos episódios foram bonzinhos e deixaram um enorme cliffhanger na Season Finale. Parecia que finalmente tinham conseguido traçar um caminho satisfatório para UTD seguir. Mas agora assistindo essa 3ª Temporada eu realmente estou muito irritada a cada capítulo que sai. Fico reclamando a cada cena, a cada erro estúpido, a cada fraca atuação. Minha mãe acha que de tanto ver série eu estou maluca, falando sozinha enquanto estou assistindo. Mas é que realmente é estressante ver que tantos plots da 1ª Temporada até aqui foram esquecidos, de ver a preguiça dos roteiristas de pensar em melhores díalogos e cenas e de acharem que podem deixar passar erros como a noção de tempo sem que ninguém perceba ou se importe. Chego ao ponto de rir das coisas ridículas que vejo durante 40 minutos.
Dos três atores que eu destaquei, só o Dean Norris e a Rachelle merecem serem aplaudidos por continuarem sendo bons intérpretes, fazendo até quem os assiste sentir pena por eles estarem nessa roubada que é Under The Dome. Até a grande atriz convidada Marg Helgenberger (a Catherine, de CSI) pra ser uma grande vilã está sendo uma grande piada, não pela atuação mas pela personagem ridícula que arranjaram para ela. Para não dizer que eu estou sendo muito injusta só citando pontos negativos, vou falar do lindo cachorrinho vira-lata Indy que acabaram de introduzir na história (por onde ele andava por todo esse tempo ninguém sabe) que dá um show nas suas cenas, latindo e correndo, se destacando entre seus outros colegas de elenco <3
Enfim, a cada semana eu digo que vou abandonar mas na sexta seguinte (quando sai a legenda) me surpreendo procurando o novo episódio pra assistir. E olha que descobri que não é só comigo, outros telespectadores de outros países se sentem do mesmo jeito...

Dean Norris e o Indy

O que será que essa série tem que faz isso com a audiência? Seria algo sobrenatural? Seria um experimento do governo? Ou um experimento alienígena? 

O que eu sei é que exatamente como os cidadãos de Chester's Mill com a presença do Domo misterioso, eu procuro me livrar da série a cada episódio mas até agora não achei saída!




Uma boa notícia é que a audiência vem caindo muito e provavelmente a 3ª será a temporada derradeira.




Essa vida é mesmo coisa engraçada, não é? Ainda me lembro como se fosse ontem da época em que minhas conversas giravam em torno de músicas e livros "da moda" e o que mais importava nessa vida era decorar na aula de geografia a posição de todas aquelas linhas paralelas invisíveis que aprendi dividem o nosso amado planetinha em zonas. Naquela época eu era terceira série e não importava o quanto rascunhasse, a professora Cláudia sempre conseguia fazer "aquela" bagunça no quadro, puxando setas em todas as direções e me mostrando que nem todas as canetinhas coloridas do mundo poderiam me ajudar naquela difícil missão. Naquele tempo não tinha muito talento em fazer amizades e a única companhia que tinha na escola era Lara. A companhia continuou e, os trópicos poderiam até continuar esquecidos não fossem as conversas que temos tido ultimamente.

"Está livre hoje?" é como quase sempre começam os diálogos que na maioria das vezes rendem uma tarde de um filme só. Enquanto assistimos o tal filme conversamos sobre outros filmes, sobre livros e sobre tudo e um dia me ocorreu que as nossas conversas assemelhavam-se muito ao quadro da professora Cláudia: cheias de "setinhas" coloridas em todas as direções e cruelmente confusas à um olhar clandestino. De repente me vi aplicando esse raciocínio a um campo maior, o da vida. Visualizei as linhas imaginárias que nos dividem nessas nossas zonas familiares e de amizade e que de vez em quando parecem tão intransponíveis quanto barreiras visíveis e dei-lhes o nome bobo de paralelas do conforto. Voltei-me então para as setas coloridas que legendavam e caracterizavam cada trópico e batizei-as com nomes de amigos. Achei melhor assim, com nomes amigos as paralelas ficam muito mais confortáveis.

Lembrei-me então dos abraços carinhosos que recebi nos reencontros, e dos ataques de risadas sem fim. Lembrei daqueles amigos que me acompanharam durante um período limitado da vida, mas que também me ensinaram algo; aqueles para os quais escrevi cartas de agradecimento na despedida da minha saudosa 4ª série; dos amigos que ainda revejo no ônibus ou na livraria e sempre que encontro reconheço em seus olhos o carinho e as recordações daquela época tão singular que passamos juntos.

Em certo momento me peguei revendo lembranças de cada um dos amigos, onde eu dançava para fora dos limites das paralelas e alternava entre os espaços. De cada um deles eu lembrava, a seta lilás, a azul, a verde, a amarela, a laranja... Era tudo tão colorido e nítido e no meio de tudo aquilo me dei conta de que, afinal, duas grandes coisas haviam mudando muito nos últimos tempos: 1) com os nomes dos amigos não era mais tão difícil decorar cada trópico e 2) não haviam linhas suficientes para as amizades que aprendi a fazer ao longo da vida.